Calêndula
Nome Científico: Calendula officinalis
Nomes Populares: Calêndula, Mal-me-quer, Margarida-dourada, Flor-de-todos-os-males, Verrucária (Brasil); Calêndula, Malmequer, Maravilhas (Portugal)
Descrição
Calendula officinalis, conhecida como calêndula, é uma planta herbácea anual ou bienal, originária do sul da Europa, particularmente da região mediterrânea. É amplamente cultivada em climas temperados como planta ornamental e medicinal. Atinge cerca de 30 a 60 cm de altura, com caules eretos ou ramificados, cobertos por pelos finos. Suas folhas são alternas, lanceoladas, de textura aveludada, com margens levemente onduladas. As flores, em capítulos de 4 a 7 cm de diâmetro, são de cor amarelo-vivo a laranja, florescendo da primavera ao outono. Os frutos são aquênios curvos. A planta exsuda um aroma característico, levemente resinoso, e é atrativa para polinizadores como abelhas. Sua facilidade de cultivo e propriedades terapêuticas a tornam popular em hortas e jardins medicinais.
Cultivo
A calêndula é fácil de cultivar, preferindo solos bem drenados, férteis e com pH neutro a ligeiramente ácido. Adapta-se a solos pobres, mas beneficia-se de matéria orgânica. Pode ser propagada por sementes, semeadas diretamente no solo na primavera ou início do outono em climas amenos. Germina em 7 a 14 dias e prefere sol pleno, embora tolere meia-sombra. A rega deve ser moderada, mantendo o solo úmido, mas evitando encharcamento. A planta é resistente a pragas, mas suscetível a oídio em condições úmidas. Para estimular a floração contínua, recomenda-se remover flores murchas. É ideal para bordaduras, canteiros e cultivo em vasos, sendo também usada em rotação de culturas por melhorar a saúde do solo.
Usos e Propriedades
A calêndula é valorizada por suas propriedades medicinais e, em menor escala, culinárias, com destaque para o uso de suas flores, ricas em flavonoides, triterpenoides e óleos essenciais. As pétalas e, ocasionalmente, as folhas são empregadas em preparações terapêuticas e gastronômicas. Abaixo estão os principais usos e propriedades:
Parte utilizada: Flores (pétalas principalmente) e, em menor grau, folhas
Formas de uso:
- Infusão: As flores secas ou frescas são usadas em chás para aliviar problemas digestivos, como gastrite e cólicas, e para estimular a função hepática e biliar.
- Pomada ou creme: Extratos das flores são aplicados topicamente para tratar feridas, queimaduras leves, eczemas, dermatites e assaduras, devido às propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e antimicrobianas.
- Óleo essencial ou macerado: Utilizado em massagens ou cosméticos para hidratar a pele, reduzir inflamações e tratar acne ou irritações cutâneas.
- Tintura: Diluída, é usada para gargarejos em casos de inflamações na boca ou garganta, ou aplicada em compressas para lesões cutâneas.
- Culinária: Pétalas frescas ou secas são usadas como corante natural (substituto do açafrão) em sopas, arroz, saladas e laticínios, conferindo sabor suave e coloração vibrante. Também são adicionadas a bolos e biscoitos.
Propriedades: Anti-inflamatória, cicatrizante, antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, colerética, antiespasmódica e imunomoduladora. As flores contêm flavonoides, carotenoides e óleos essenciais que promovem a regeneração da pele e aliviam inflamações. Nutritivamente, as pétalas oferecem pequenas quantidades de antioxidantes.
Precauções: Evitar uso interno durante gravidez e amamentação, devido à falta de estudos sobre segurança. Pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis a plantas da família Asteraceae (ex.: camomila, margarida). O uso prolongado ou em doses elevadas de infusões pode causar desconforto gástrico. Consultar um médico para uso interno ou em combinação com medicamentos.