Babosa
Nome Científico: Aloe vera
Nomes Populares: Babosa, Aloe, Aloés, Aloé-vera, Sabila, Erva-babosa, Caraguatá (Brasil); Aloé, Babosa, Erva-babosa (Portugal)
Descrição
Aloe vera, conhecida como babosa, é uma planta suculenta perene originária da Península Arábica, especificamente das Montanhas Hajar, no nordeste de Omã. Cresce em climas tropicais, subtropicais e áridos, sendo amplamente cultivada e naturalizada em regiões como Norte da África, Ilhas Canárias, Madeira, Algarve (Portugal) e Murcia (Espanha). É um arbusto de caule curto ou acaule, formando rosetas densas de folhas suculentas, eretas, cinza-esverdeadas, com até 50 cm de comprimento. As folhas possuem margens serrilhadas com pequenos espinhos rosados e, por vezes, manchas brancas na superfície. As flores são tubulares, amarelas, dispostas em racemos cilíndricos, sustentadas por um pedúnculo de até 90 cm. A planta contém um gel incolor nas folhas, rico em polissacarídeos como acemanana, e um látex amargo amarelado com aloína, um composto tóxico. É amplamente utilizada por suas propriedades medicinais, cosméticas e ornamentais, sendo popular como planta de interior.
Cultivo
Aloe vera é fácil de cultivar, preferindo solos bem drenados, arenosos ou com base calcária, e climas quentes e secos. Pode ser propagada por mudas (offsets) retiradas da base da planta ou, menos comumente, por sementes, que demoram mais para se desenvolver. Deve ser plantada na primavera ou verão, em locais com sol pleno ou meia-sombra. A rega deve ser esparsa, permitindo que o solo seque completamente entre irrigações, especialmente no inverno, para evitar apodrecimento das raízes. É resistente à seca e tolera solos pobres, mas beneficia-se de fertilização leve durante a estação de crescimento. Em regiões frias, deve ser cultivada em vasos e protegida de temperaturas abaixo de 5°C. A planta é suscetível a pragas como cochonilhas e doenças fúngicas se houver excesso de umidade.
Usos e Propriedades
Aloe vera é amplamente valorizada por suas aplicações medicinais e culinárias, principalmente devido ao gel extraído de suas folhas, que contém polissacarídeos, vitaminas e minerais. O gel é usado topicamente ou ingerido, enquanto o látex, rico em aloína, tem uso limitado devido à toxicidade. Abaixo estão os principais usos e propriedades:
Parte utilizada: Gel das folhas
Formas de uso:
- Gel fresco: Aplicado topicamente para tratar queimaduras leves, abrasões, picadas de insetos, psoríase e feridas, devido às propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes e hidratantes do acemanana.
- Infusão ou suco: Consumido oralmente para auxiliar na digestão, regular níveis de glicose e colesterol, e aliviar problemas gastrointestinais, como úlceras estomacais. Deve ser usado com cautela devido à presença de aloína em produtos não purificados.
- Óleo essencial e extratos: Utilizados em cosméticos (cremes, loções, shampoos) por suas propriedades emolientes, hidratantes e antimicrobianas.
- Tintura: Em algumas tradições, como no Brasil, tinturas à base de folhas (ex.: A. arborescens com mel e álcool) são usadas para estimular o sistema imunológico e tratar doenças crônicas, embora faltem estudos clínicos robustos.
- Suco ou bebidas: O gel é processado e consumido como bebida funcional em países como Japão e Paquistão, frequentemente misturado com outros ingredientes para melhorar a digestão.
- Iogurtes e sobremesas: Incorporado em produtos comerciais, como iogurtes no Japão, por seu valor nutricional e textura.
Propriedades: Anti-inflamatória, cicatrizante, hidratante, antibacteriana, antifúngica, antioxidante, imunomoduladora. O gel contém vitaminas (A, C, E), minerais (Ca, Mg) e polissacarídeos. A aloína, presente no látex, tem efeito laxativo, mas é tóxica em doses elevadas e potencialmente carcinogênica se ingerida cronicamente. Nutritivo, rico em vitaminas e minerais, com leve efeito digestivo.
Precauções: Evitar ingestão oral durante gravidez e amamentação. O látex (aloína) pode causar cólicas abdominais, hepatite ou interagir com medicamentos como digoxina. Não recomendado para crianças ou uso prolongado sem orientação médica. Usar apenas gel purificado, livre de aloína, para evitar toxicidade.